Religião

São consideradas religiões afro-brasileiras, todas as religiões que tiveram origem nas Religiões tradicionais africanas, que foram trazidas para o Brasil pelos negros africanos, na condição de escravos. Ou religiões que absorveram ou adotaram costumes e rituais africanos.

Babaçuê
Babaçuê é um culto religioso afro-ameríndio popular do Norte e Nordeste do Brasil em especial nos estados do Amazonas e do Pará.
Também chamado de Batuque-de-Santa-Bárbara, Batuque-de-Mina, é considerado como uma das Religiões afro-brasileiras por ser um tipo de candomblé mestiço, também chamado de Jeje-Nagô, onde são cultuados tanto Orixás como Voduns.
Como Batuque de Santa Bárbara, cultua os Orixás nagôs Iansã e Xangô, a primeira protegendo as mulheres e o segundo, os homens. E na versão Batuque-de-Mina, cultua os Voduns.
Batuque
Batuque é uma religião afro-brasileira de culto aos orixás encontrada principalmente no estado do Rio Grande do Sul, no Brasil, de onde se estendeu para países vizinhos como Uruguai e Argentina. É fruto de religiões dos povos da Costa da Guiné e da Nigéria, como as nações Jeje, Ijexá, Oyó, Cabinda e Nagô. A palavra "batuque" se originou da palavra "batukajé", um termo bantu, numa referência ao bater dos tambores típico das cerimônias da religião.
Cabula
Cabula é o nome pelo qual foi chamada, na Bahia, uma seita surgida no final do século XIX, com caráter secreto e fundo religioso. Além do cunho hermético, a seita mantinha forte influência da cultura afro-brasileira, sobretudo dos malês, bantos com sincretismo provocado pela difusão da Doutrina Espírita nos últimos anos do século XIX. A Cabula é classificada como candomblé de caboclo, considerada como precursora da Umbanda, persiste ainda como forma de culto nos estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Candomblé
Candomblé é uma religião derivada do animismo africano onde se cultuam os orixás, Voduns, Nkisis dependendo da nação. Sendo de origem totêmica e familiar, é uma das religiões afro-brasileiras praticadas principalmente no Brasil, pelo chamado povo do santo, mas também em outros países como Uruguai, Argentina, Venezuela, Colômbia, Panamá, México, Alemanha, Itália, Portugal e Espanha. 

Culto aos egunguns
O Culto à Egun ou Egungun veio da África junto com os Orixás trazidos pelos escravos. Era um culto muito fechado, secreto mesmo, mais que o dos Orixás por cultuarem os mortos.
A primeira referência do Culto de Egun no Brasil segundo Juana Elbein dos Santos foram duas linhas escritas por Nina Rodrigues, refere-se a 1896, mas existem evidências de terreiros de Egun fundados por africanos no começo do século XIX.

Culto de Ifá
O Culto de Ifá é oriundo das Religiões tradicionais africanas, ligado ao Orixá Orunmilá-Ifá da religião yoruba. Com a ida destas culturas para Brasil e Caribe, nos períodos do tráfico negreiro, alguns sacerdotes (chamados babalawo (yoruba) e Bokono (ewe/fon).) foram levados para estes países, estando ligados às religiões Candomblé (Brasil) e Santeria através da Regla de Ocha (Cuba).
  
Encantaria
Encantaria, Terecô, Mata ou Encantaria de Barba Soeira, é uma forma de pajelança afro-ameríndia, praticada sobretudo no Piauí, Maranhão e Pará. Em seus rituais, são cultuadas diversas divindades de origens diversas, tais como africanas (Voduns e certos Orixás), indígenas (O Raio, o Sol), católicas (o Deus único, o Espírito Santo e a Virgem Maria) e brasileiras (os Encantados e os Caboclos).
 
Omolokô
Omolokô é uma religião sincrética praticada no Brasil tendo como base elementos africanistas, espíritas e ameríndios. O vocábulo deriva de uma composição baseada em duas outras, oriundas da língua iorubá com três versões distintas, segundo sua interpretação.
No primeiro ramo de análise, que é a versão de Léa Maria Fonseca da Costa, mãe-de-santo de Omolokô significa: Omo: filho e Loko, que aludiria à árvore Iroko e resultaria em Filhos da Gameleira Branca.

Pajelança
A Pajelança é encontrada no Amazonas, Pará, Piauí e Maranhão, uma religião autóctone, que foi gerada por elementos exclusivamente ameríndios. As curas e rituais são realizados pelo pajé, equivalente do xamã norte americano, com danças, cantos, e o instrumento sagrado, o maracá, um chocalho e o uso de alcalóides vegetais, que possibilitam o transe. Cada região tem entidades distintas que são invocadas, porém sempre são espíritos da natureza, de animais ou de antepassados mortos. No Piauí, a Encantaria mescla a pajelança amazônica com o catolicismo popular.

Quimbanda
 Quimbanda é uma ramificação da Umbanda desde a sua fundação pelo médium brasileiro Zélio Fernandino de Morais, já que o mesmo admitiu ter um exu ordenado por seus guias. O princípio norteador é o de trabalhar respeitando as leis da Umbanda, uma vez que essas entidades são comandadas pelas entidades da Umbanda, que é a sua matriz.

Tambor de Mina
Tambor de Mina é a denominação mais difundida das religiões Afro-brasileiras no Maranhão, Piauí e na Amazônia. A palavra tambor deriva da importância do instrumento nos rituais de culto. Mina deriva de negro-Mina de São Jorge da Mina, denominação dada aos escravos procedentes da “costa situada a leste do Castelo de São Jorge da Mina” (Verger, 1987: 12) , no atual República do Gana, trazidos da região das hoje Repúblicas do Togo, Benin e da Nigéria, que eram conhecidos principalmente como negros mina-jejes e mina-nagôs.

Terecô
Terecô denominação de uma das religiões afro-brasileiras da cidades de Codó no Maranhão e Teresina no Piauí, derivada do Tambor-de-mina semelhante a Umbanda.
Umbanda
Umbanda é uma religião heterodoxa brasileira, cuja evolução do polissincretismo religioso existente no Brasil foi resultado de motivações diversas, inclusive de ordem social, que originaram um culto à feição e moda do país. O vocábulo é oriundo da língua quimbundo, de Angola, e significa arte de curar, segundo a Gramática de Kimbundo, do Professor José L. Quintão, citada na obra O que é a Umbanda, de Armando Cavalcanti Bandeira, editora Eco, 1970.
Xambá
A Nação Xambá é uma religião afro-brasileira ativa em Olinda, Pernambuco. Alguns autores, como Olga Caciatore e Reginaldo Prandi, afirmam que este culto está praticamente extinto no país.

Xangô do Nordeste
Em todo o Nordeste da Paraíba à Bahia, a influência dos yorubas prevalece a do Daomé. Esta é a zona mais conhecida quanto às religiões tradicionais africanas, a que deu lugar a maior número de pesquisas e de trabalhos sobre os nagôs. As duas palavras para designá-las são, a de Xangô na Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, e de Candomblé da Bahia para o sul, esta dualidade de nomes, que não são nomes dados pelos negros, mas sim pelos brancos em virtude da popularidade e importância de Xangô nessa região, e Candomblé por designar toda dança dos negros, tanto profanas como religiosas.

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